Método construtivo milenar é redescoberto pela arquitetura moderna
Quatro mil anos antes de Cristo os sumérios, e depois os egípcios, já utilizavam o cânhamo na preparação de tijolos para suas construções. E a durabilidade desse tipo de material pode ser constatada, diante de sua incrível capacidade de resistir ao tempo, como pode ser observado nas ruínas milenares dessas civilizações antigas..
Pois o cânhamo foi redescoberto pela moderna arquitetura: uma empresa sueca, a Ekolution, submeteu uma parede feita de cânhamo e cal (era assim que faziam os sumérios), a uma chama de 670°C durante 4 horas, sem que a estrutura quase nada tenha sofrido. E a temperatura do outro lado subiu apenas 2°C.
O cânhamo é um cultivar da espécie Cannabis Sativa, uma planta cultivada há milênios por diversas civilizações, da qual são extraídas diversas matérias-primas. Como material construtivo, as fibras do cânhamo podem ser usadas, por exemplo, para a fabricação de tijolos e como isolamento, uma vez que são à prova de fogo. É sobretudo nesta segunda opção que a Ekolution concentra sua aposta.
Segundo a empresa, a fibra de cânhamo garante isolamento térmico e capacidade de reter o calor, o que resulta em menor consumo energético. O material também é resistente a mofo e pragas. Há ainda o aspecto saudável do uso do material que, ainda segundo a companhia, não irrita a pele nem as vias respiratórias – podendo ser usado tranquilamente em ambientes domésticos. O material é respirável, o que garante a livre circulação de ar e evita a umidade.
O cânhamo é ainda pouco conhecido na construção moderna, mas sua redescoberta para esse fim pode ser a chave para promover um futuro mais verde na arquitetura graças às suas propriedades naturais e à eficiência energética.”
Fonte: Ekolution/Liveprint
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